quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Fichamento: Caderno de Atenção Básica n°05 "Saúde do Trabalhador"


A edição deste Caderno de Atenção Básica em Saúde do Trabalhador destina-se a apoiar a capacitação dos profissionais que atuam neste nível da atenção, em especial as equipes de saúde da família, promovendo, desta forma, a inserção deste segmento populacional na rede básica. As ações aqui preconizadas devem pautar sobretudo na identificação de riscos, danos, necessidades, condições de vida e trabalho que determinam as formas de adoecer e morrer dos trabalhadores.
Nesse sentido, o presente Caderno propicia o estabelecimento da relação entre o adoecimento e o processo de trabalho nas práticas de vigilância o que contribui, certamente, para a qualidade da atenção à saúde do trabalhador em toda a rede de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS).
  1. INTRODUÇÃO

O termo Saúde do Trabalhador refere-se a um campo do saber que visa compreender as relações entre o trabalho e o processo saúde/doença. Nesta acepção, considera a saúde e a doença como processos dinâmicos, estreitamente articulados com os modos de desenvolvimento produtivo da humanidade em determinado momento histórico. Parte do princípio de que a forma de inserção dos homens, mulheres e crianças nos espaços de trabalho contribui decisivamente para formas específicas de adoecer e morrer. O fundamento de suas ações é a articulação multiprofissional, interdisciplinar e intersetorial.
Trabalhador é qualquer pessoa que exerça uma atividade de trabalho, independente de ser o mercado de trabalho formal ou informal.
É importante ressaltar, ainda, que a execução de atividades de trabalho no espaço familiar tem acarretado a transferência de riscos/fatores de risco ocupacionais para o fundo dos quintais, ou mesmo para dentro das casas, num processo conhecido como domiciliação do risco.
O Ministério da Saúde está propondo a adoção da Estratégia da Saúde da Família e de Agentes Comunitários de Saúde, visando contribuir para a construção de um modelo assistencial que tenha como base a atuação no campo da Vigilância da Saúde. Assim, as ações de saúde devem pautar-se na identificação de riscos, danos, necessidades, condições de vida e de trabalho, que, em última instância, determinam as formas de adoecer e morrer dos grupos populacionais.
No processo de construção das prática de Vigilância da Saúde, aspectos demográficos, culturais, políticos, socioeconômicos, epidemiológicos e sanitários devem ser buscados, visando à priorização de problemas de grupos populacionais inseridos em determinada realidade territorial. As ações devem girar em torno do eixo informação – decisão – ação.
Assim, as ações de saúde do trabalhador devem ser incluídas formalmente na agenda da rede básica de atenção à saúde.
No que se refere à população em geral, é preciso ter em mente os diversos problemas de saúde relacionados aos contaminantes ambientais, causados por processos produtivos danosos ao meio ambiente. Vale citar como exemplos os problemas causados por garimpos, utilização de agrotóxicos, reformadoras de baterias ou indústrias siderúrgicas, cuja contaminação ambiental acarreta agravos à saúde da população como um todo, além dos específicos da população trabalhadora.

  1. 1.       QUADRO INSTITUCIONAL RELATIVO A SAÚDE DO TRABALHADOR

  • O papel do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE

O MTE tem o papel, entre outros, de realizar a inspeção e a fiscalização das condições e dos ambientes de trabalho em todo o território nacional.
Nos estados da Federação, o Ministério do Trabalho e Emprego é representado pelas Delegacias Regionais do Trabalho e Emprego – DRTE, que possuem um setor responsável pela operacionalização da fiscalização dos ambientes de trabalho, no nível regional.
  • O papel do Ministério da Previdência e Assistência Social – MPAS

Apesar das inúmeras mudanças em curso na Previdência Social, o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS ainda é o responsável pela perícia médica, reabilitação profissional e pagamento de benefícios.
Para o INSS, o instrumento de notificação de acidente ou doença relacionada ao trabalho é a Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT) que deverá ser emitida pela empresa até o primeiro dia útil seguinte ao do acidente. Em caso de morte, a comunicação deve ser feita imediatamente; em caso de doença, considera-se o dia do diagnóstico como sendo o dia inicial do evento.
A CAT deve ser sempre emitida, independentemente da gravidade do acidente ou doença. Ou seja, mesmo nas situações nas quais não se observa a necessidade de afastamento do trabalho por período superior a 15 dias, para efeito de vigilância epidemiológica e sanitária o agravo deve ser devidamente registrado.
Finalmente, é importante ressaltar que o trabalhador segurado que teve de se afastar de suas funções devido a um acidente ou doença relacionada ao trabalho tem garantido, pelo prazo de um ano, a manutenção de seu contrato de trabalho na empresa.
  • O papel do Ministério da Saúde/Sistema Único de Saúde – MS/SUS

No Brasil, o sistema público de saúde vem atendendo os trabalhadores ao longo de toda sua existência. Porém, uma prática diferenciada do setor, que considere os impactos do trabalho sobre o processo saúde/doença, surgiu apenas no decorrer dos anos 80, passando a ser ação do Sistema Único de Saúde quando a Constituição Brasileira de 1988, na seção que regula o Direito à Saúde, a incluiu no seu artigo 200.
  • O papel do Ministério do Meio Ambiente – MMA

Com base na Constituição Federal e suas legislações complementares, o papel do governo na área ambiental passou a ter no Brasil sustentação legal revigorada e condizente com as necessidades de uso racional dos recursos naturais do planeta.
Em virtude da degradação ambiental estar fortemente ligada a diversos fatores de ordem econômico-social, como à ocupação urbana desordenada e, principalmente, aos modos poluidores dos processos produtivos, a área ambiental, para o cumprimento de sua missão institucional, além de estabelecer articulações com setores da sociedade civil organizada, necessariamente deve trabalhar em sintonia permanente com setores de governo, em especial da saúde, educação e trabalho.

  • Ações em Saúde do Trabalhador a serem desenvolvidas no nível local de saúde


As propostas de ações apresentadas a seguir deverão ser desenvolvidas pela rede básica municipal de saúde, quer ela se organize em equipes de Saúde da Família, em Agentes Comunitários de Saúde e/ou em centros/postos de saúde. Devendo ser adaptada se acordo com a necessidade encontrada.
  • Atribuições gerais

A equipe de saúde deve identificar na comunidade:
·         Os integrantes das famílias que são trabalhadores (ativos do mercado formal ou informal, no domicílio, rural ou urbano e desempregados), por sexo e faixa etária.
·         A existência de trabalho precoce.
·         A ocorrência de acidentes e/ou doenças relacionadas ao trabalho, que acometam trabalhadores inseridos tanto no mercado formal como informal de trabalho.
  • Para o serviço de saúde:

Organizar e analisar os dados obtidos em visitas domiciliares realizadas pelos agentes e membros das equipes de Saúde da Família.
Desenvolver programas de Educação em Saúde do Trabalhador.
Incluir o item ocupação e ramo de atividade em toda ficha de atendimento individual de crianças acima de 5 anos, adolescentes e adultos.
Em caso de acidente ou doença relacionada com o trabalho, deverá ser adotada a seguinte conduta:
1. Condução clínica dos casos (diagnóstico, tratamento e alta) para aquelas situações de menor complexidade, estabelecendo os mecanismos de referência e contrareferência necessários.
2. Encaminhamento dos casos de maior complexidade para serviços especializados em Saúde do Trabalhador, mantendo o acompanhamento dos mesmos até a sua resolução.
3. Notificação dos casos, mediante instrumentos do setor saúde: Sistema de Informações de Mortalidade – SIM; Sistema de Informações Hospitalares do SUS - SIH; Sistema de Informações de  Agravos Notificáveis – SINAN e Sistema de Informação da Atenção Básica – SIAB.
4. Solicitar à empresa a emissão da CAT, em se tratando de trabalhador inserido no mercado formal de trabalho. Ao médico que está assistindo o trabalhador caberá preencher o item 2 da CAT, referente a diagnóstico, laudo e atendimento.
5. Investigação do local de trabalho, visando estabelecer relações entre situações de risco observadas e o agravo que está sendo investigado.
6. Realizar orientações trabalhistas e previdenciárias, de acordo com cada caso.
7. Informar e discutir com o trabalhador as causas de seu adoecimento.
Planejar e executar ações de vigilância nos locais de trabalho, considerando as informações colhidas em visitas, os dados epidemiológicos e as demandas da sociedade civil organizada.
Desenvolver, juntamente com a comunidade e instituições públicas (centros de referência em Saúde do Trabalhador, Fundacentro, Ministério Público, laboratórios de toxicologia, universidades etc.), ações direcionadas para a solução dos problemas encontrados, para a resolução de casos clínicos e/ou para as ações de vigilância.
Considerar o trabalho infantil (menores de 16 anos) como situação de alerta epidemiológico / evento – sentinela.
  • Atribuições específicas da equipe

ACS – Agente Comunitária(o) de Saúde
Notificar à equipe de saúde a existência de trabalhadores em situação de risco, trabalho precoce e trabalhadores acidentados ou adoentados pelo trabalho.
Informar à família e ao trabalhador o dia e o local onde procurar assistência.
Planejar e participar das atividades educativas em Saúde do Trabalhador.
  • Auxiliar de Enfermagem

Acompanhar, por meio de visita domiciliar, os trabalhadores que sofreram acidentes graves e/ou os portadores de doença relacionada ao trabalho que estejam ou não afastados do trabalho ou desempregados.
Preencher e organizar arquivos das fichas de acompanhamento de Saúde do Trabalhador.
Participar do planejamento das atividades educativas em Saúde do Trabalhador.
Coletar material biológico para exames laboratoriais.
  • Enfermeira (o)

Programar e realizar ações de assistência básica e de vigilância à Saúde do Trabalhador.
Realizar investigações em ambientes de trabalho e junto ao trabalhador em seu domicilio.
Realizar entrevista com ênfase em Saúde do Trabalhador.
Notificar acidentes e doenças do trabalho, por meio de instrumentos de notificação utilizados pelo setor saúde.
Planejar e participar de atividades educativas no campo da Saúde do Trabalhador.
  • Médico(a)

Prover assistência médica ao trabalhador com suspeita de agravo à saúde causado pelo trabalho, encaminhando-o a especialistas ou para a rede assistencial de referência (distrito/município/ referência regional ou estadual), quando necessário.
Realizar entrevista laboral e análise clinica (anamnese clínico-ocupacional) para estabelecer relação entre o trabalho e o agravo que está sendo investigado.
Programar e realizar ações de assistência básica e de vigilância à Saúde do Trabalhador.
Realizar inquéritos epidemiológicos em ambientes de trabalho.
Realizar vigilância nos ambientes de trabalho com outros membros da equipe ou com a equipe municipal e de órgãos que atuam no campo da Saúde do Trabalhador (DRT/MTE, INSS etc.).
Notificar acidentes e doenças do trabalho, mediante instrumentos de notificação utilizados pelo setor saúde. Para os trabalhadores do setor formal, preencher a Ficha para Registro de Atividades, Procedimentos e Notificações do SIAB.
Colaborar e participar de atividades educativas com trabalhadores, entidades sindicais e empresas.
  • 3.       Informações Básicas para a Ação em Saúde do Trabalhador
Trabalho precoce
Qualquer atividade produtiva no mercado formal ou informal, que retire a criança e/ou o adolescente do convívio com a família e com outras crianças, prejudicando, assim, as atividades lúdicas próprias da idade, por comprometer o seu desenvolvimento cognitivo, físico e psíquico, deve ser combatida e constitui-se em situação de alerta epidemiológico em Saúde do Trabalhador. Ressalte-se que o setor que mais absorve crianças e adolescentes no trabalho é o agropecuário.
Procedimento:
Levantar a situação no local de trabalho e junto à família.
Discutir a situação com a família.
Comunicar ao Conselho de Direitos da Criança e do Adolescente, ao Conselho Tutelar da área e à Secretaria de Assistência Social do INSS.
Buscar soluções em conjunto com a comunidade, a família e as instituições referidas acima.
  •  4. Acidentes de trabalho

O termo “acidentes de trabalho” refere-se a todos os acidentes que ocorrem no exercício da atividade laboral, ou no percurso de casa para o trabalho e vice-versa, podendo o trabalhador estar inserido tanto no mercado formal como informal de trabalho.
Acidentes fatais – devem gerar notificação e investigação imediata. Em se tratando de acidente ocorrido com trabalhadores do mercado formal, acompanhar a emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) pela empresa, que deverá fazê-la até 24 horas após a ocorrência do evento.
Acidentes graves – acidentes com trabalhador menor de 18 anos independentemente da gravidade; acidente ocular; fratura fechada; fratura aberta ou exposta; fratura múltipla; traumatismo crânio-encefálico; traumatismo de nervos e medula espinhal; eletrocussão; asfixia traumática ou estrangulamento; politraumatismo; afogamento; traumatismo de tórax/abdome/bacia, com lesão; ferimento com menção de lesão visceral ou de músculo ou de tendão; amputação traumática; lesão por esmagamento; queimadura de III grau; traumatismo de nervos e da medula espinhal e intoxicações agudas.
Procedimento:
Acompanhar e articular a assistência na rede de referência para a prevenção das seqüelas.
Acompanhar a emissão da CAT pelo empregador.
Preencher o Laudo de Exame Médico – LEM.
Notificar o caso nos instrumentos do SUS.
Investigar o local de trabalho, visando estabelecer relações entre o acidente ocorrido e situações de risco presentes no local de trabalho.
Desenvolver ações de intervenção, considerando os problemas detectados nos locais de trabalho.
Orientar sobre os direitos trabalhistas e previdenciários.
Após a alta hospitalar, realizar acompanhamento domiciliar registrando as avaliações em ficha a ser definida pelo SIAB.
  • 5. Doenças relacionadas ao trabalho


As doenças do trabalho referem-se a um conjunto de danos ou agravos que incidem sobre a saúde dos trabalhadores, causados, desencadeados ou agravados por fatores de risco presentes nos locais de trabalho.
Tradicionalmente, os riscos presentes nos locais de trabalho são classificados em:
Agentes físicos – ruído, vibração, calor, frio, luminosidade, ventilação, umidade, pressões anormais, radiação etc.
Agentes químicos – substâncias químicas tóxicas, presentes nos ambientes de trabalho nas formas de gases, fumo, névoa, neblina e/ou poeira.
Agentes biológicos – bactérias, fungos, parasitas, vírus, etc.
Organização do trabalho – divisão do trabalho, pressão da chefia por produtividade ou disciplina, ritmo acelerado, repetitividade de movimento, jornadas de trabalho extensas, trabalho noturno ou em turnos, organização do espaço físico, esforço físico intenso, levantamento manual de peso, posturas e posições inadequadas, entre outros.
Doenças das vias aéreas
As doenças das vias aéreas estão diretamente relacionadas com materiais inalados nos ambientes de trabalho. Dependem das propriedades físico-químicas desses agentes, da susceptibilidade individual e do local de deposição de partículas – nariz, traquéia, brônquios ou parênquima pulmonar.
Pneumoconioses
São patologias resultantes da deposição de partículas sólidas no parênquima pulmonar, levando a um quadro de fibrose, ou seja, ao endurecimento intersticial do tecido pulmonar. As pneumoconioses mais importantes são aquelas causadas pela poeira de sílica, configurando a doença conhecida como silicose, e aquelas causadas pelo asbesto, configurando a asbestose.
Silicose
É a principal pneumoconiose no Brasil, causada por inalação de poeira de sílica livre cristalina (quartzo). Caracteriza-se por um processo de fibrose, com formação de nódulos isolados nos estágios iniciais e nódulos conglomerados e disfunção respiratória nos estágios avançados.
Asbestose
A asbestose é a pneumoconiose associada ao asbesto ou amianto, sendo uma doença eminentemente ocupacional. A doença, de caráter progressivo e irreversível, tem um período de latência superior a 10 anos, podendo se manifestar alguns anos após cessada a exposição. Clinicamente, caracteriza-se por dispnéia de esforço, estertores crepitantes nas bases pulmonares, baqueteamento digital, alterações funcionais e pequenas opacidades irregulares na radiografia de tórax.
Observação: além da asbestose, a exposição às fibras de asbesto está relacionada com o surgimento de outras doenças. São as alterações pleurais benignas, o câncer de pulmão e os mesoteliomas malignos, que podem acometer a pleura, o pericárdio e o peritônio.
Asma ocupacional
É a obstrução difusa e aguda das vias aéreas, de caráter reversível, causada pela inalação de substâncias alergênicas, presentes nos ambientes de trabalho, como, por exemplo, poeiras de algodão, linho, borracha, couro, silica, madeira vermelha etc. O quadro é o de uma asma brônquica, sendo que os pacientes se queixam de falta de ar, tosse, aperto e chieira no peito, acompanhados de rinorréia, espirros e lacrimejamento, relacionados com as exposições ocupacionais às poeiras e vapores.
Perda auditiva induzida por ruído – PAIR
A perda auditiva induzida pelo ruído, relacionada ao trabalho, é uma diminuição gradual da acuidade auditiva, decorrente da exposição continuada a níveis elevados de ruído.
A exposição ao ruído, além de perda auditiva, acarreta alterações importantes na qualidade de vida do trabalhador em geral, na medida em que provoca ansiedade, irritabilidade, aumento da pressão arterial, isolamento e perda da auto-imagem. No seu conjunto, esses fatores comprometem as relações do indivíduo na família, no trabalho e na sociedade. A PAIR é um comprometimento auditivo neurossensorial sério que, todavia, pode e deve ser prevenido.

Lesão por esforço repetitivo / Distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho - LER/DORT
São afecções decorrentes das relações e da organização do trabalho existentes no moderno mundo do trabalho, onde as atividades são realizadas com movimentos repetitivos, com posturas inadequadas, trabalho muscular estático, conteúdo pobre das tarefas, monotonia e sobrecarga mental, associadas à ausência de controle sobre a execução das tarefas, ritmo intenso de trabalho, pressão por produção, relações conflituosas com as chefias e estímulo à competitividade exacerbada. Vibração e frio intenso também estão relacionados com o surgimento de quadros de LER/DORT.
Intoxicações exógenas
Agratóxicos
Pela Lei Federal n.º 7.802, de 11/7/89, regulamentada pelo Decreto n.º 98.816, agrotóxicos é a denominação dada aos:
“(...) produtos e componentes de processos físicos, químicos ou biológicos destinados ao uso nos setores de produção, armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas nativas ou implantadas e de outros ecossistemas e também em ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora e da fauna, a fim de preservá-la da ação danosa de seres vivos considerados nocivos, bem como substâncias e produtos empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores do crescimento.”
Todo produto agrotóxico é classificado pelo menos quanto a três aspectos: quanto aos tipos de organismos que controlam, quanto à toxicidade da(s) substância(s) e quanto ao grupo químico ao qual pertencem.
Quanto ao grau de toxicidade, a classificação adotada é aquela preconizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que distingue os agrotóxicos em classes I, II, III e IV, sendo essa classificação utilizada na definição da coloração das faixas nos rótulos dos produtos agrotóxicos: vermelho, amarelo, azul e verde, respectivamente.
Temos assim:
Classe I – extremamente tóxico/tarja vermelha;
Classe II – altamente tóxico/tarja amarela;
Classe III – medianamente tóxico/tarja azul e
Classe IV – pouco tóxico/tarja verde.
É importante registrar que a classificação diz respeito apenas aos efeitos agudos causados pelos produtos agrotóxicos.
Quanto à classificação química, tem-se como principais grupos os organofosforados, os carbamatos, os organoclorados, os piretróides, os dietilditiocarbamatos e os derivados do ácido fenoxiacético.
O diagnóstico baseia-se na avaliação clínico-ocupacional, na investigação das condições de trabalho, no exame físico e em exames complementares. Os exames toxicológicos, como dosagem de acetilcolinesterase, deverão ser realizados em função dos produtos aos quais o trabalhador está exposto.
Chumbo – saturnismo
A doença causada pelo chumbo é chamada de saturnismo. A exposição ocupacional ao chumbo inorgânico provoca, em sua grande maioria, intoxicação a longo prazo, podendo ser de variada intensidade. A contaminação do organismo pelo chumbo depende das propriedades físico-químicas do composto, da concentração no ambiente do tempo de exposição, das condições de trabalho (ventilação, umidade, esforço físico, presença de vapores, etc.) e dos fatores individuais do trabalhador (idade, condições físicas, hábitos, etc.).
As intoxicações por chumbo podem causar danos aos sistemas sangüíneo, digestivo, renal, nervoso central e, em menor extensão, ao sistema nervoso periférico. O contato com os compostos de chumbo pode ocasionar dermatites e úlceras na epiderme.
Mercúrio – hidrargirismo
O mercúrio e seus compostos tóxicos (mercúrio metálico ou elementar, mercúrio inorgânico e os compostos orgânicos) ingressa no organismo por inalação, por absorção cutânea e por via digestiva. As três formas são tóxicas, sendo que cada uma delas possui características toxicológicas próprias.
O mercúrio é irritante para a pele e mucosas, podendo ser sensibilizante. A intoxicação aguda afeta os pulmões em forma de pneumonite intersticial aguda, bronquite e bronquiolite. Tremores e aumento da excitabilidade podem estar presentes, devido à ação sobre o sistema nervoso central. Em exposições prolongadas, em baixas concentrações, produz sintomas complexos, incluindo cefaléia, redução da memória, instabilidade emocional, parestesias, diminuição da atenção, tremores, fadiga, debilidade, perda de apetite, perda de peso, insônia, diarréia, distúrbios de digestão, sabor metálico, sialorréia, irritação na garganta e afrouxamento dos dentes. Pode ocorrer proteinúria e síndrome nefrótica. De maneira geral, a exposição crônica apresenta quatro sinais, que se destacam entre outros: gengivite,  sialorréia, irritabilidade, tremores.
Havendo suspeita de intoxicação por mercúrio, os trabalhadores devem ser encaminhados ao serviço especializado em Saúde do Trabalhador, para monitoramento e tratamento especializado.
Solventes orgânicos
Solvente orgânico é o nome genérico atribuído a um grupo de substâncias químicas líquidas à temperatura ambiente, com características físico-químicas (volatilidade, lipossolubilidade) que tornam o seu risco tóxico bastante variável.
Benzeno – benzenismo
Benzenismo é o nome dado às manifestações clínicas ou alterações hematológicas compatíveis com a exposição ao benzeno.
Os sintomas clínicos são pobres, mas pode haver queixas relacionadas às alterações hematológicas, como fadiga, palidez cutânea e de mucosas, infecções freqüentes, sangramentos gengivais e epistaxe. Podem também encontrar-se sinais neuropsíquicos como astenia, irritabilidade, cefaléia e alterações da memória.
Cromo
Os compostos de cromo podem ser irritantes e alérgenos para a pele e irritantes para as vias aéreas superiores. Os sintomas associados à intoxicação são: prurido nasal, rinorréia, epistaxe, que evoluem com ulceração e perfuração de septo nasal; irritação de conjuntiva com lacrimejamento e irritação de garganta; na pele, observa-se prurido cutâneo nas regiões de contato, erupções eritematosas ou vesiculares e ulcerações de aspecto circular com dupla borda, a externa rósea e a interna escura (necrose), o que lhe dá um aspecto característico de “olho-de-pombo”; a irritação das vias aéreas superiores também pode manifestar-se com dispnéia, tosse, expectoração e dor no peito. O câncer pulmonar é, porém, o efeito mais importante sobre a saúde do trabalhador.
Picadas por animais peçonhentos
Verificar se ocorreu no exercício de atividades laborais, notificar e investigar a situação.
Dermatoses ocupacionais
As dermatoses ocupacionais, embora benignas em sua maioria, constituem problema de avaliação difícil e complexa. Referem-se a toda alteração da pele, mucosas e anexos, direta ou indiretamente causada, condicionada, mantida ou agravada pela atividade de trabalho. São causadas por agentes biológicos, físicos e, principalmente, por agentes químicos. O diagnóstico é realizado a partir da anamnese clínico-ocupacional e do exame físico.
Distúrbios mentais e trabalho
Os determinantes do trabalho que desencadeiam ou agravam distúrbios psíquicos irão, geralmente, se articular a modos individuais de responder, interagir e adoecer, ou seja, as cargas do trabalho vão incidir sobre um sujeito particular portador de uma história singular preexistente ao seu encontro com o trabalho.
Alguns sinais e sintomas de distúrbios psíquicos são: modificação do humor, fadiga, irritabilidade, cansaço por esgotamento, isolamento, distúrbio do sono (falta ou excesso), ansiedade, pesadelos com o trabalho, intolerância, descontrole emocional, agressividade, tristeza, alcoolismo, absenteísmo. Alguns desses quadros podem vir acompanhados ou não de sintomas físicos como dores (de cabeça ou no corpo todo), perda do apetite, mal-estar geral, tonturas, náuseas, sudorese, taquicardia, somatizações, conversões (queixas de sintomas físicos que não são encontrados em nível de intervenções médicas) e sintomas neurovegetativos diversos.
Fatores do trabalho que podem gerar ou desencadear distúrbios psíquicos:
Condições de trabalho: físicas, químicas e biológicas, vinculadas à execução do trabalho.
A organização do trabalho: estruturação hierárquica, divisão de tarefa, jornada, ritmo, trabalho em turno, intensidade, monotonia, repetitividade, responsabilidade excessiva, entre outros.
O trabalhador com suspeita de distúrbio psíquico relacionado ao trabalho deverá ser encaminhado para atendimento especializado em Saúde do Trabalhador e para assistência médico-psicológica.

  • 6. Procedimentos a serem adotados frente a diagnósticos de doenças relacionadas ao trabalho pelo nível local de saúde

Afastar o trabalhador imediatamente da exposição – o afastamento deverá ser definitivo para as doenças de caráter progressivo.
Realizar o tratamento nos casos de menor complexidade.
Encaminhar os casos de maior complexidade para a rede de referência, acompanhá-los e estabelecer a contrareferência.
Notificar o caso nos instrumentos do SUS.
Investigar o local de trabalho, visando estabelecer relações entre a doença sob investigação e os fatores de risco presentes no local de trabalho.
Desenvolver ações de intervenção, considerando os problemas detectados nos locais de trabalho.
Para trabalhadores inseridos no mercado formal de trabalho, acrescentar:
Acompanhar a emissão da CAT pelo empregador.
Preencher o item II da CAT, referente a informações sobre diagnóstico, laudo e atendimento.
Encaminhar o trabalhador para perícia do INSS, fornecendo-lhe o atestado médico referente ao afastamento do trabalho dos primeiros quinze dias.
Orientar sobre direitos trabalhistas e previdenciários.
  • 7.  Instrumentos de Coleta de Informações para a Vigilância em Saúde do Trabalhador

A assistência à saúde do trabalhador deve desenvolver-se integrada às ações de vigilância epidemiológica e sanitária neste campo, pois, dessa forma, a dinâmica do processo saúde/doença decorrente do trabalho poderá adquirir contornos mais definidos.



Fichamento feito por: Dayane Justino

Fichamento: Caderno de Atenção Básica n°03 "Educação Permanente"


A educação permanente das equipes de Saúde da Família constitui importante estratégia para desenvolver a reflexão crítica sobre as práticas dessas equipes. No entanto, para que haja um processo dialético entre os saberes dos profissionais e os saberes da comunidade, é preciso que o projeto de educação permanente esteja orientado para a transformação do processo de trabalho, englobando as necessidades de aprendizagem das equipes com conhecimentos, habilidades, atitudes e valores da comunidade.
A estratégia Saúde da Família representa uma concepção de atenção à saúde focada na família e na comunidade, com práticas que apontam para o estabelecimento de novas relações entre os profissionais de saúde envolvidos, os indivíduos, suas famílias e suas comunidades. Com isso, criam-se condições que conduzem à construção de um novo modelo de atenção à saúde mais justo, equânime, democrático, participativo e solidário.
Um profissional capacitado para planejar, organizar, desenvolver e avaliar ações que respondam às necessidades da comunidade, articulando os diversos setores envolvidos na Promoção da Saúde. E para que isto aconteça, é preciso uma permanente interação com a comunidade, no sentido de mobilizá-la e estimular sua participação. Todas essas atribuições deverão ser desenvolvidas de forma dinâmica, com avaliação permanente, através do acompanhamento de indicadores de saúde da área de abrangência.


  • PROCESSO DE EDUCAÇÃO PERMANENTE
A educação permanente desempenha sua função, quando está envolvida numa prática de transformação, que traduz uma teoria dialética do conhecimento, como um processo de criação e recriação, desenvolvendo a reflexão crítica sobre sua prática/trabalho.
As necessidades de aprendizagem das equipes do PSF deverão coincidir com seus conhecimentos, habilidades, atitudes e valores, elementos essenciais para a resolução dos problemas identificados nas áreas de abrangências. Nessa perspectiva, tem se preconizado que o processo educativo não deve ser considerado um momento particular da vida acadêmica, e sim, um investimento na formação para o trabalho, onde o mesmo possa definir as demandas educacionais .

A Educação Permanente – EP deve ter como objetivo central a transformação do processo de trabalho, orientando-o para uma constante melhoria da qualidade das ações e serviços de saúde.
É importante reforçar que o processo educacional precisa estar centrado no trabalho, buscando a competência profissional, com repercussões favoráveis sobre a qualidade do atendimento à população.

Espera-se, pois, que o processo de educação permanente funcione, como fonte de conhecimento, e como objeto de planejamento e transformação das práticas de Saúde da Família.

O planejamento de um processo de educação permanente precisa estar adequado às necessidades loco-regionais, utilizando todos os recursos potenciais, especialmente o aparelho formador de recursos humanos.


  • Definindo os objetivos
O processo de educação permanente para a estratégia de Saúde da Família objetiva:
1. melhorar a qualidade dos serviços, mediante um processo educativo
permanente e comprometido com a prática do trabalho;
2. aumentar a resolutividade das ações frente aos problemas prevalentes;
3. fortalecer o processo de trabalho das equipes de Saúde da Família;
4. fortalecer o compromisso com a saúde da população por parte dos membros da equipe.

Definindo etapas para o desenho de um
Projeto de Educação Permanente
O desenho de um projeto de educação permanente para as equipes de Saúde da
Família deve incluir, de maneira simplificada:
1.      levantamento das necessidades da comunidade e dos profissionais;
É importante conhecer o perfil dos futuros treinados, para saber o grau de instrução e as necessidades de aprendizado de cada um deles.
2. elaboração dos objetivos de aprendizagem;
Com base no levantamento de dados, é possível traçar objetivos assim como avaliar o grau de alcance dos objetivos.
3. seleção de conteúdos ou temas; 
Essa seleção deve ser coerente com as etapas anteriores.
4. definição dos métodos e técnicas de ensino-aprendizagem;
É preciso considerar o tipo de aprendizado esperado.
5. organização seqüencial do currículo/grade programática;
Deve seguir a lógica que facilite o aprendizado.
6. definição das atividades;
Nesta etapa, é importante elaborar um cronograma, prevendo os recursos humanos, materiais e financeiros necessários, bem como definir um plano gerencial para acompanhamento da execução físico-financeira do projeto/cursos.
7. execução do programa com contínua avaliação do processo e dos resultados.
Finalmente, é fundamental estabelecer um sistema de avaliação dos alunos, que pode ser formativa ou certificativa.

  • Refletindo sobre metodologias
Linhas metodológicas, adequadas à capacitação de profissionais identificados com
o modelo de atenção à saúde da família, precisam ter algumas características básicas:
• serem centradas no estudante;
• levarem em consideração o contexto no qual o estudante vai aplicar seus
conhecimentos;
• desenvolverem a capacidade do aluno para identificar e resolver problemas;
• proporcionarem aptidão para o auto-aprendizado;
• permitirem a troca de experiências entre os alunos;
• estabelecerem que o instrutor seja mais um facilitador do processo de
aprendizagem do que um mero transmissor de informações;
• desenvolverem um processo de avaliação capaz de dar um "feedback" tanto ao
aluno como à coordenação e instrutores com o objetivo de aperfeiçoamento
contínuo do processo de ensino-aprendizagem
Além de observar estas características, é importante que a metodologia adotada viabilize um amplo acesso por parte dos profissionais a serem capacitados.


  • ¨ Metodologia de Aprendizagem Baseada em Problemas
Um dos problemas enfrentados pelos profissionais do setor saúde, após sua formação básica ou especializada, é a dificuldade da aplicação na prática dos conhecimentos adquiridos, ao enfrentarem casos concretos do cotidiano profissional.
A metodologia de aprendizagem baseada em problemas está voltada para possibilitar ao estudante, qualquer que seja seu nível de escolaridade, construir seu conhecimento de tal forma que o capacite a resolver problemas práticos e a manter-se num processo permanente de aprendizado auto-dirigido.

Diversos estudiosos e pesquisadores em metodologia de ensino vêm apontando, como condição fundamental para um adequado processo de aprendizagem, a presença concomitante de três aspectos2: 1) o resgate do conhecimento prévio, durante o processo de ensino; 2) a similitude do contexto, no aprendizado com a realidade a ser posteriormente enfrentada, ou seja, aprender de forma tal que propicie a aplicação do conhecimento na prática profissional, e 3) o estímulo ao estudante a construir seu próprio conhecimento, o que pode ser feito respondendo questionamentos, discutindo a matéria com companheiros de estudo, resumindo as informações por ele apropriadas, formulando e criticando hipóteses elaboradas frente ao problema enfrentado, e outras formas.

A base sistemática para a aprendizagem baseada em problemas, definida por Schmidt e Bouhuijs3, consta de sete passos fundamentais (seven-jump), após a apresentação de um problema específico4 a ser estudado por um grupo de alunos: 1) esclarecimento, em grupo, de termos ou conceitos expressos no problema, ainda não compreendidos; 2) definição exata do problema apresentado, do fenômeno que, de fato, deve ser explicado, através de discussão em grupo; 3) análise do problema exposto, baseada no conhecimento prévio do estudante, através de discussão em grupo. É referido por muitos como "tempestade mental coletiva"; 4) tentativa de uma descrição explanativa coerente, pelo grupo, do processo teórico que sustenta ou explica o fenômeno apresentado; 5) formulação dos objetivos de ensino pelo grupo, ou seja, questões cujas respostas propiciarão a construção do conhecimento almejado; 6) estudo individual fora do grupo, baseado nos objetivos identificados na etapa anterior, e 7) sintetizar e testar os novos conhecimentos construídos, através de apresentações em grupo e troca de experiências sobre o tema.

A adaptação de tais etapas, na prática educacional, faz com que, algumas delas possam se fundir, dependendo do grupo, do problema a ser estudado e do monitor.

Um dos aspectos importantes que merece destaque no processo de aprendizagem em questão é a participação do monitor do grupo, ou do "facilitador", como apontado por alguns. Tal atuação, deve muito mais estimular o processo reflexivo, com a prática da análise e resolução de problemas, do que transmitir novas informações. Ele ensina mediando, treina apoiando e tirando dúvidas, sempre incentivando a recuperação dos conhecimentos já adquiridos e a construção de novos. Sua prática de ensino deve ser calcada em questionamentos importantes, mediando as intervenções dos participantes do grupo com vistas a mantê-lo na devida direção, apontada pelos objetivos do processo de ensino.
O profissional de saúde, a princípio, mesmo que de forma não consciente, já se apropriou das bases metodológicas do PBL, através de sua prática profissional, bastando apenas exercitá-la na modalidade de ensino formal.


  • ¨ Auto-instrução e educação à distância
Além dos métodos tradicionais presenciais, merecem destaque duas formas de se organizar um processo educativo permanente, que são a auto-instrução e a educação a distância. A metodologia básica do processo de auto-instrução segue a linha pedagógica baseada no binômio ESTUDO-TRABALHO.

A escolha da modalidade de educação à distância, como meio de dotar as equipes de condições para atender as novas demandas, tem por base a compreensão de que, como modalidade não convencional, ela pode atender, com eficiência, às necessidades de Educação Permanente das equipes de Saúde da Família, servindo como meio apropriado à permanente atualização dos conhecimentos.
A educação à distância pressupõe um processo educativo sistemático e organizado, que exige não somente a dupla via de comunicação, como também a instauração de um processo continuado, onde os meios ou os multimeios devem estar presentes na estratégia de comunicação.
É importante observar que a educação à distância não pode ser vista como substitutivo de outras formas de educação, como a convencional, mas sim como uma modalidade alternativa de Educação Permanente.

Fichamento feito por: Dayane Justino





segunda-feira, 27 de julho de 2015

Livro: 'Uma história de perdão e cura' de Stormie Omartian

Oi gente, boa noite!

Hoje queria comentar um pouco sobre a leitura deste livro. Mas, não queria fazer uma resenha dele, ou resumo, apenas falar sobre a influência da leitura deste belo livro em minha vida. Então se você ainda não leu, não sabe o que está perdendo, Pois trata-se de uma história linda, cheia do poder de Deus em cada palavra. Não perca tempo, adquira já o seu e vá ler!

Bom gente, acho que muitas pessoas sofrem traumas na infância assim como a Omartian sofreu. Eu mesma sofri, e acho que sofro até hoje influência desses tipos de traumas em minha vida. Sabe, o diabo ele veio para 'matar, roubar e destruir' (João 10.10), assim como diz a palavra de Deus. E ele procura qualquer brecha para tentar fazer isso. Uma das armas mais poderosas de satanás, é tentar atacar nossa auto-estima, tornando-a baixa. É estranho dizer, 'baixa auto-estima', não é mesmo? E você pode até pensar que o diabo, não faz isso com você. Mas ele faz, a baixo auto-estima não está ligada apenas a pessoas que tem algum problema psicológico, como por exemplo a depressão, ou a esquizofrenia, ela está ligada também a ansiedade, a nervosismo, e a inúmeros outros sentimentos que nos deixam triste, nas mais diversas situações de nosso dia a dia. A verdade, é que a baixo auto-estima nos afasta do alvo, do nosso foco principal que é Cristo. É difícil saber quando se tem cura em alguma area de nossa vida. Quando eu digo cura, refiro-me a cura espiritual. O que pode ser notado com a leitura do Livro de Omartian, é que ela conseguiu a cura que ele descobriu que precisava, mas não conseguiu sozinha, precisou da ajuda de algumas pessoas de confiança e principalmente da ajuda do único que sempre fará algo por nós e que nos ama sem medida, Deus! Hoje posso dizer que a leitura desse livro me trouce muito conhecimento a respeito do que Deus quer para minha vida. Não que eu não soubesse, mas às vezes as coisas estão tão na cara, que não conseguimos ver o que realmente precisamos fazer. 

Espero que este meu post de hoje, tenha despertado a curiosidade de vocês sobre o que realmente precisamos em nossa vida. Que este livro ajude a vocês descobrirem o que Deus quer de vocês, assim como eu descobri! 

Boa noite!
Fiquem com Deus!
Dayane Justino

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Mateus 17.20 "Por causa da pequenez da vossa fé. Pois em verdade vos digo que, se tiveres fé como um grão de mostarda, direis a este monte:  Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível. 

Vendo a este versículo, lembro o quanto sou pequena diante de Deus. Quantas vezes eu não já me questionei por coisas ruins que me aconteceram achando que tudo era por que eu não estava capacitada para aquilo. Mas aí, do nada lembro que minha fé é que está pequena. e automaticamente lembro-me de outro versículo:

Isaías 55.8-9 " Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o SENHOR, porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos."

Quão maravilhoso é você sentir paz com uma palavra que vem diretamente dos lábios de Deus! É muito bom você saber que ainda que sua fé seja pequena, ainda que você não entenda o motivo, DEUS tem cuidado de tudo. Esperar o tempo certo para nossos projetos se realizarem não é uma tarefa fácil. Mas, Deus mostra a todo momento que não se trata de algo impossível (Marcos 10.27). Deus quer apenas que você, aliás, que nós tenhamos fé nele (Hebreus 11.6). Quando aprendemos a descansar em Deus tudo é mais bonito (Isaías 40.31). Deus só quer que você confie nEle, porque só Ele têm o melhor para ti. Creia! Deus te honrará!

Vou deixar uma música para reflexão: https://www.youtube.com/watch?v=pOrXxhAjKPQ 




Boa noite
Fiquem com Deus
Dayane Justino

terça-feira, 30 de junho de 2015

Permita-se Sonhar

Você tem um sonho?
Pois é, eu também tenho. E são eles que me impulsionam a continuar. 
O que mais me surpreende é o fato de que quando se quer muito algo algumas coisa costumam não agir conforme o que esperamos nos levando a pensar até mesmo em desistir. Sabe, tem uma frase que tem me levado a não desistir: " Quando desistir for mais fácil, continue, o difícil costuma valer a pena." E acreditem, super vale! Sei que muitas vezes, palavras de algumas pessoas, atitudes de outras que você jamais esperou, nos levam a achar que estamos caminhando no caminho contrário, que estamos parados no tempo ou até mesmo nadando contra a maré. Aí é nesse momento em que você desiste dos seus sonhos para talvez viver os sonhos de outras pessoas, como por exemplo, sonhos dos seus pais. Então você pensa: "Vou realizar os sonhos deles para fazê-los feliz, para que tudo se acalme". Mas, e a SUA FELICIDADE? E os SEUS SONHOS? Você realmente vai deixá-los de lado? Se só temos uma vida para viver, porque que nesta vida vou viver para ser 'infeliz'. Sei que você pode está pensando: 'A felicidade está dentro de nós', mas acontece que os nossos sonhos também estão dentro de nós. Por isso, acredite em VOCÊ, mesmo quando ninguém mais acreditar, se dedique, se sacrifique, abdique de momentos de lazer, de fazer coisas que você está habituado a fazer, porque no fim, valerá a pena e você poderá dizer: "Abri mão de minha vontades para viver os sonhos que estavam dentro de mim." E então você finalmente conseguirá fazer as pessoas a sua volta feliz, porque você só pode doar o que tem.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Fotografias

Hoje a postagem é sobre fotografias... 
Bom, nem todos sabem mas eu amo fotografias profissionais... 
Tenho alguns bons amigos que trabalham para registrar momentos, porém tem um em especial que tem toda minha admiração, Wagner Góis. Não só por já ter feito diversas fotos minhas, mas pelo fato dele ser super profissional, com ele é impossível não relaxar durante o ensaio e ele realmente sabe o que fazer. Ele é de Currais Novos/RN, considerado o fotógrafo da sensibilidade e dono de uma visão concisa ele mistura amor, profissionalismo e arte para eternizar todos os detalhes dos melhores momentos. É por isso e muito mais que hoje destaca-se entre os fotógrafos mais respeitado do estado. 

Vale muito a pena dá uma olhadinha no trabalho dele disponível lá no seu site (http://www.wagnergois.com.br) e segui a FanPage dele lá Facebook (https://www.facebook.com/pages/Wagner-G%C3%B3is-Photography/639972036025962?fref=ts)


Fiquem com Deus
Boa tarde a todos
Dayane Justino

domingo, 12 de abril de 2015

Dança e Adoração (Certo ou Errado?)

Oi gente, boa tarde...

A dança é uma modalidade esportiva utilizada em toda parte do mundo por todas as idades. Porém, venha aqui falar da dança como uma maneira de Adorar a Deus. Algumas pessoas não veem isso com bons olhos. Então gostaria de lembrar-los de uma parte da Bíblia que remete as formas de adorar a Deus, que diz exatamente o seguinte: 

Louvem eles o seu nome com danças; ofereçam-lhe música com tamborim e harpa. (Salmos 149.3);
Então Miriã, a profetisa, irmã de Arão, pegou um tamborim e todas as mulheres a seguiram, tocando tamborins e dançando. (Êxodo 15.20);
E Davi dançava com todas as suas forças diante do Senhor; (2 Samuel 6.14a).

Então, como podemos ver, a dança é algo incorporado na maneira de adorar a Deus. Eu amo dançar, e a dança em adoração ao meu Senhor, é algo que se faz presente no meu dia-a-dia. Deus é merecedor de toda honra e toda glória, não me canso de dançar com todas as minhas forças como Davi dançou, como Miriã dançou.

Lembrem-se: Deus merece todo seu louvor e adoração!!! 


Fiquem com Deus
Boa tarde a todos
Dayane Justino

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Apresentação do Blog

Olá, boa noite... 
Gostaria de falar um pouco sobre este Blog. 
Eu gosto muito de compartilhar com meus amigos pensamentos, reflexões, a cerca de diversos assuntos. Então resolvi criar este Blog para que eu possa sempre postar aqui minhas reflexões. Bom, e tendo em vista que sou Cristã, Enfermeira, Bailarina e que também gosto de assuntos relacionados a atividades físicas, alimentação saudável e moda, estarei postando sempre a respeito de assuntos a cerca desses temas supra citados. Espero que gostem de minhas postagens. 


Fiquem com Deus
Boa noite a todos
Dayane Justino